Foto: Charles Guerra (Arquivo Diário)
A empresa europeia de consultoria KPMG ainda não concluiu o estudo para concessão e instalação de pedágios nas rodovias estaduais gaúchas, incluindo o trecho da RSC-287, de Santa Maria até Tabaí. Ainda segundo a Secretaria Estadual de Planejamento, não há confirmação se o levantamento será apresentado na gestão Sartori (MDB) ou ficará para ser divulgado durante o governo de Eduardo Leite (PSDB).
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A previsão inicial era que o trabalho seria entregue na metade deste ano. Esse levantamento vai apontar detalhes sobre estimativas de valores dos pedágios e a previsão de quando seria possível duplicar cada trecho da rodovia, pois isso depende da arrecadação projetada por meio do pagamento das tarifas de pedágio. A Secretaria Estadual de Planejamento garante que o plano prevê a concessão da RSC-287 por 30 anos e a duplicação de toda a extensão até o final desse prazo.
A decisão de lançar a licitação para concessão da rodovia ficará com o governo de Eduardo Leite, que já sinalizou a intenção de fazer a instalação de pedágios. Diante da grave crise do Estado, basta ser realista para verificar que a duplicação da estrada só terá chance de sair do papel se houver pagamento de pedágios. Agora, imagine como ficará a tranqueira na rodovia e a quantidade de mortos e feridos por acidente se, daqui a 20 ou 30 anos, ela ainda não estiver duplicada.
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MOBILIZAÇÃO PRECISA CONTINUAR
Um movimento de empresários e das comunidades de cidades como Santa Maria e Santa Cruz do Sul foi criado, em 2017, para pressionar pela duplicação da rodovia - o Diário apoia a iniciativa do Duplica 287. Ao longo das eleições, essa proposta foi apresentada para diversos candidatos ao governo do Estado e a deputados estaduais. A mobilização precisa continuar para que o assunto não caia no esquecimento. Afinal, são muitos acidentes com mortos e feridos que poderiam ser evitados todos os anos se a rodovia já estivesse duplicada - ou se pelo menos houvesse bem mais terceiras faixas para facilitar ultrapassagens.